Áreas que serão concedidas na BR-163 e ao sul do Amazonas podem ajudar na expansão ordenada da atividade madeireira. Serviço Florestal reuniu-se com entidade do setor em Cuiabá
O Serviço Florestal Brasileiro apresentou na quinta-feira (24/02) aos representantes do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso (Cipem), principal entidade do setor florestal no estado, o processo das concessões florestais, como são elaborados os editais e as próximas áreas que serão destinadas ao manejo florestal.
Foi a primeira vez que o Serviço Florestal e o setor madeireiro do estado se reuniram para tratar do tema. Mato Grosso registrou a segunda maior produção de madeira do país em 2009, com 4 milhões de metros cúbicos, ou seja, 28% do total produzido, atrás somente do Pará, segundo um estudo realizado naquele ano.
O setor florestal do estado é um público em potencial das concessões florestais, em especial das que estão em curso na região da BR-163, rodovia que liga a capital do estado, Cuiabá, a Santarém, e das que devem ser realizadas na região da BR-319, ao sul do Amazonas, devido à proximidade com o Mato Grosso.
Para o presidente do Cipem, João Carlos Baldasso, a reunião foi uma "oportunidade de conhecer o processo de concessão e analisar a sua viabilidade".
PLANEJAMENTO - O setor florestal de Mato Grosso, assim como dos demais estados da Amazônia Legal, se caracteriza por dispor de áreas florestais legalizadas em tamanho insuficiente para uma produção sustentada a longo prazo. Isso força os empreendedores a procurar áreas novas em espaços de tempo incompatíveis com o ciclo produtivo florestal - que é de no mínimo 25 anos - e acentua o caráter "nômade" dos empreendimentos madeireiros.
Segundo o gerente de Concessões do Serviço Florestal, Marcelo Arguelles, as concessões permitem que o governo se antecipe a esse movimento de busca de locais para manejo ao colocar áreas sob concessão próximas à possíveis zonas de expansão do setor madeireiro. "As concessões incentivam a atividade madeireira de forma ordenada e em bases sustentáveis, com benefícios sociais e econômicos que previnem os problemas que ocorreram em outros ciclos de expansão da atividade madeireira", afirma.
Segundo o gerente de Concessões do Serviço Florestal, Marcelo Arguelles, as concessões permitem que o governo se antecipe a esse movimento de busca de locais para manejo ao colocar áreas sob concessão próximas à possíveis zonas de expansão do setor madeireiro. "As concessões incentivam a atividade madeireira de forma ordenada e em bases sustentáveis, com benefícios sociais e econômicos que previnem os problemas que ocorreram em outros ciclos de expansão da atividade madeireira", afirma.
A principal frente de novas concessões promovidas pelo Serviço Florestal está na região de influência da BR-163, onde serão licitados 380 mil hectares para manejo na Flona de Altamira e 230 mil na Flona do Crepori. No final de fevereiro, o Serviço Florestal recebeu as propostas de técnica e preço das empresas que participaram da licitação para concessão de 210 mil hectares na Flona do Amana, também na área em torno da BR-163.
Além de debater as concessões com o setor madeireiro, o Serviço Florestal têm se reunido com entidades do setor madeireiro com o objetivo de conhecer melhor as demandas desse segmento para buscar políticas de fomento que fortaleçam a atividade em bases sustentáveis. Além do Mato Grosso, já houve encontros com representantes dos setores privado e governamental nos estados do Amazonas, Amapá e Pará, este último o maior produtor de madeira tropical do país.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro
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