quarta-feira, 27 de abril de 2011

As vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos cresceram 20,5% em um ano no Brasil

Este crescimento foi o mais importante de todas as categorias avaliadas, registrando assim uma incidência de 42% no varejo geral do período avaliado.


As vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos cresceram 20,5% em relação a Fevereiro e Março de 2010. Esse desenvolvimento foi proposto pela mais recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi o mais importante de todas as categorias avaliadas, registrando uma incidência de 42% no varejo em geral no período.

Atualmente, em relação a janeiro e fevereiro de 2011, o volume de vendas de varejo de móveis e eletrodomésticos teve uma queda de 2,8%, enquanto a média nacional para todos os outros setores como um todo teve um declínio de apenas -0,4 %. A taxa de câmbio durante este ano de 2011 para móveis e eletrodomésticos é de 19,8%.

Por sua vez, o rendimento nominal da categoria de mobiliários e eletrônicos cresceu 19,7% em fevereiro sobre o mesmo mês do ano passado, indicando assim um aumento de vendas nas cadeias de varejo que operam sob estas categorias.

Os estados brasileiros que mais se destacaram nas vendas de móveis e equipamentos, entre fevereiro de 2010 e 2011 são: Pernambuco (49,7%), Minas Gerais (46,8%), Bahia (39,9%) e Distrito Federal (28,5%).

Fonte: Fonte: Infurma - Tradução Débora Morales adaptado por Portal Moveleiro

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Empresas faturam mais com melhora do ambiente de trabalho

BRASÍLIA - A busca pela produtividade e pela qualidade de vida dos trabalhadores estimula empresas a apostarem em práticas inovadoras de gerenciar o negócio. Um exemplo é a indústria de móveis Zanzini, instalada no município de Dois Córregos, interior de São Paulo, que implantou um programa que transformou a cultura organizacional.

“Começamos a avaliar indicadores estratégicos, como índices de boa aceitação do cliente, índice de desperdício e produtividade, bons fornecedores, aumento das vendas e segurança no trabalho”, explica o coordenador de Sistemas de Gestão da Zanzini, Paulo Grael. A nova maneira de gerir o negócio da Zanzini é uma das iniciativas vencedoras do Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT) deste ano. Promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI), o PSQT foi entregue a 18 empresas nesta terça-feira, 5 de abril, em São Paulo.

O Prêmio homenageia as indústrias que adotam boas práticas e valorizam os funcionários. As empresas concorrem nas modalidades cultura organizacional, gestão de pessoas, ambiente de trabalho seguro e saudável, educação e desenvolvimento, desenvolvimento socioambiental e inovação.

Segundo o coordenador de Sistemas da fabricante de móveis de Dois Córregos, a implantação dos índices exige um investimento anual de R$ 40 mil em capacitação dos gerentes e supervisores das 10 áreas. “Temos 25 líderes, dos quais nove fazem faculdade e os outros participam de um programa de capacitação gerencial oferecido aos sábados”, diz o coordenador. Nesses cursos, eles aprendem técnicas de gestão que privilegiem os novos indicadores. Depois, os gerentes passam as informações aos empregados e incentivam o engajamento e a integração das equipes, informa Grael.

Aos trabalhadores com ensino fundamental incompleto, a empresa ofereceu a possibilidade de completar os estudos com aulas do Telecurso. “Contratamos o Telecurso para elevar a escolaridade dos nossos empregados”, afirma o coordenador. A Zanzini emprega hoje 410 pessoas que trabalham na fabricação de móveis residenciais e de escritórios.

O resultado do investimento em educação dos empregados, segundo Grael, foi o aumento de 103% no índice de produção de 2001 para 2009. No mesmo período, a redução de custos chegou a 380%. “Conseguimos diminuir os desperdícios de matéria-prima e o retrabalho. Nosso índice de acidentes de trabalho caiu de 0,10% para 0,06%”, afirma. Além disso, conta ele, as exportações passaram a ser prioridade e ajudaram a incrementar as vendas totais em 350% em oito anos. “Fechamos 2010 com mais de R$ 70 milhões em faturamento.”

Outra indústria que aposta na educação dos funcionários é a Treetech Sistemas Digitais, de Atibaia, a 60 quilômetros de São Paulo. “Todos os nossos estudos são patrocinados pela empresa. Ela cede espaço para estudar em horário de trabalho. Isso faz com que os nossos engenheiros de desenvolvimento estejam sempre atualizados ou criando ferramentas para enfrentar os desafios que aparecem”, diz o analista de marketing Lucas Pavan.

O incentivo da empresa inclui apoio financeiro para desenvolver estudos em cursos de pós-graduação, mestrado, doutorado e outros cursos técnicos. “Isso motiva porque o funcionário consegue desempenhar atividades acadêmicas e tem todo apoio e suporte necessário financeiro e de estrutura”, destaca Pavan. Ele afirma que o estímulo ao aperfeiçoamento profissional ajuda a empresa crescer junto com os funcionários. “A gente observa maior fidelidade dos empregados com a empresa porque ele tem liberdade para pensar, expor sua opinião e todos se sentem bem”, conta o analista de Marketing.

Pavan explica que a gestão da empresa funciona de forma aberta e tem a inovação como prática diária. “Cada um tem liberdade para tomar iniciativa, tomar decisões, participar do processo”, diz. De acordo com ele, o resultado veio no faturamento que teve aumento de mais de 40% de 2007 para 2010. “Nosso faturamento passou de R$ 13 milhões para R$ 21 milhões em três anos”.

A Treetech tem 43 funcionários e atende o setor elétrico com serviços de tecnologia no monitoramento do sistema de rede de energia identificando falhas e riscos de blecaute. Essa é a primeira vez que a empresa participa do PSQT.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Indústria faz móveis inspirados na classe A para atrair C e D

A indústria brasileira de móveis está investindo em tecnologia e design para atrair os consumidores das classes C e D. O objetivo é conquistar essa fatia da população com produtos inspirados naqueles desenvolvidos para a classe A, porém, com matérias-primas mais baratas e preço reduzido.


A tendência foi apresentada em uma das principais feiras do setor, a Movelpar (Feira de Móveis do Estado do Paraná), realizada entre os dias 14 e 18 de março no polo moveleiro de Arapongas (PR).

"A demanda por móveis está vindo das classes de renda mais baixas, que tiveram um aumento do poder aquisitivo nos últimos anos e estão cada vez mais exigentes. O setor está atento a isso e se adaptando", afirmou o presidente da Movelpar, Wanderley Vaz de Lima.

No ano passado, as classes C, D e E (renda familiar de até 10 salários mínimos) gastaram R$ 26,2 bilhões em móveis e itens domésticos, mais do que as A e B (acima de 10 mínimos), que totalizaram R$ 15,8 bilhões, mostra estudo do Data Popular.

A previsão para este ano é que os gastos da classe C, D e E cresçam cerca de 15%, enquanto a alta nas A e B é estimada em 8%.

TOP
O grupo Herval, que atua no Sul e fabrica móveis para as classes A e B, lançou na feira uma linha de móveis popular baseada em seus produtos top. Segundo o gerente de marketing, Paulo Pacheco, o varejo vinha solicitando produtos para estas classes. "Revisamos nossos processos, buscamos novas matérias-primas e acabamentos e pesquisamos as necessidades de consumo dessa camada social".

Os móveis vêm com alguns diferenciais que antes só eram feitos em linhas mais sofisticadas, como puxador de alumínio no lugar do de plástico, cores mais sóbrias e adega no móvel da cozinha.

A paranaense Colibri Móveis do Brasil, que fabrica rack, estante e dormitório, também desenvolveu uma nova linha de produtos focada na classe C, além de ter investido 5 milhões de euros (R$ 11,58 milhões) na modernização do parque fabril. "Estamos fazendo produtos com design parecido com o da classe A, mas com preços mais acessíveis", afirma Marco Kumura, diretor de mercado da Colibri.

Segundo ele, é possível reduzir os custos com a fabricação em massa. "Os produtos direcionados à elite são muitas vezes feitos artesanalmente, o que encarece o produto. Além disso, utilizamos matéria-prima mais barata".

No processo de modernização, a indústria também desenvolveu uma tecnologia em acabamento de superfície, "que permite um visual de madeira natural, com toque aveludado e grande resistência, mas com um custo menor", afirma Kumura.

ESPAÇOS COMPACTOS

A Kit's Paraná, especializada em conjuntos de cozinha e localizada em Arapongas (PR), lançou na Movelpar móveis para espaços de até 80 metros quadrados, como os imóveis do Minha Casa, Minha Vida.

"Estamos focando nas necessidades da classe C. As entregas de diversos empreendimentos do programa começaram no ano passado e, em 2011, as pessoas devem começar a mobiliar", diz o diretor José Carlos Arruda, prevendo um aumento de 25% no faturamento neste ano.

"Os móveis de cozinha vêm em módulos, que permitem diversos arranjos e personalização. Há ainda novos padrões de cores".


Fonte: Gazetaweb.com

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Falta de mão de obra qualificada afeta 69% das empresas

Charlise Morais, do Metro

Uma pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em 1.616 empresas brasileiras, aponta que a falta de mão de obra qualificada prejudica 69% das companhias.
Foto: GM Notícias

Indústria busca soluções próprias para solucionar falta de mão de obra qualificada


Esse gargalo tem se afunilado ano a ano, justamente em um período de forte crescimento econômico no país, em que é preciso elevar a produção e a eficiência nas empresas.

Prova disso é que na pesquisa anterior, realizada em 2007, 56% das companhias nacionais enfrentavam esse problema.

Para driblar a situação, a maioria dos empregadores (78%) investem na capacitação de pessoal no próprio local de trabalho. Mas a tarefa é mais difícil do que aparenta. A má qualidade da educação básica é um dos principais empecilhos para a qualificação desses funcionários. Essa dificuldade foi citada por 52% das empresas consultadas.

Devido a isso, uma outra solução encontrada pelos empresários pesquisados é reter os trabalhadores já capacitados a continuarem exercendo a função para a qual são aptos. Esse mecanismo vem sendo utilizado por 40% dos entrevistados.

O levantamento da CNI aponta que todas as áreas e categorias profissionais da indústria são atingidas por essa escassez de força de trabalho com qualificação.

Entretanto, a área de produção é a mais prejudicada, principalmente nas funções de operadores e técnicos, citadas por 94% e 82% dos entrevistados, respectivamente. Na sequência aparece a função de engenheiro, com 61%.

O problema é generalizado, mas a pesquisa mostra que os setores mais atingidos são os de vestuário (84% das empresas), equipamentos de transporte (83%), limpeza e perfumaria (82%) e móveis (80%).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mulheres substituem homens na indústria de móveis

Mariana Sallowicz

A falta de mão de obra especializada tem sido um dos principais gargalos para o crescimento da indústria brasileira de móveis. A alternativa encontrada pelo setor foi a contratação de mulheres para cargos antes tradicionalmente ocupados por homens, como marceneiro, pintor e operador de máquinas.

"Os jovens, em geral, não querem trabalhar na indústria de móveis, preferem informática ou mecânica. A mão de obra feminina tem sido uma alternativa e vem crescendo muito", afirma José Luiz Diaz Fernandez, presidente da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
Segundo ele, as empresas têm até mesmo preferido a contratação de mulheres por considerá-las mais estáveis. "Elas faltam menos no emprego do que os homens, são responsáveis e não chegam atrasadas", diz.

A Demóbile Móveis, com sede em Arapongas (PR), tem atualmente 207 mulheres no quadro de funcionários que totaliza 600, ou 34,5%. "Há dois anos, essa proporção era menor, de 20%. Além disso, elas trabalhavam em cargos não ligados à produção. Isso mudou e a tendência é de o percentual evolua ainda mais nos próximos anos", afirma a diretora industrial Denise Martinez.

De acordo com a executiva, a ideia de contratar mão de obra feminina veio da necessidade. "Tínhamos que aumentar a produção, mas não havia funcionários suficientes para isso."

Na indústria Inusitá, também em Arapongas (PR), o mesmo ocorreu. "Inicialmente, fazíamos a contratação somente para a área de acabamentos, na qual elas ia melhor do que os homens por serem mais detalhista", fala o gerente industrial Marcos Benedito.

Com o tempo, outros setores demandaram novas contratações e a empresa decidiu testar funcionárias que já estavam na companhia e se destacavam em seus cargos. "Elas foram mostrando que conseguiam ter o mesmo rendimento dos homens, daí passamos a abrir processos de seleção para mulheres de fora também". Hoje, a Inusitá tem 89 homens e 53 mulheres entre os empregados.
Gabriel Teixeira/Divulgação/Movelpar
Roseli Aparecida Hess, 34, deixou o cargo de vendedora no comércio para trabalhar na indústria

COMÉRCIO X INDÚSTRIA

A operadora de máquinas Roseli Aparecida Hess, 34, deixou o comércio, após cinco anos trabalhando como vendedora, para trabalhar na Star Plast, fabricante de acessórios para móveis. "Minha irmã já trabalhava na empresa e me indicou. Achei que poderia me adaptar e deu certo. Não queria mais trabalhar com meta de vendas e lidar com público é complicado", afirma.

Após um ano e cinco meses no cargo, Roseli conta que o número de colegas mulheres vem crescendo. "As empresas estão dando mais espaço para nós. Isso é positivo porque a indústria oferece melhor benefícios trabalhistas."

Para que as funcionários se tornem aptas às funções, as empresas oferecem cursos de treinamento. "Passam pela supervisão de funcionários mais experientes. O cargo de pintora, por exemplo, exige dez dias de treinamento intensivo. Somente depois disso, começam a trabalhar na função. Elas recebem a noção básica e a prática vem com o tempo", diz Wanderley Vaz de Lima, sócio-proprietário da Star Plast, que já tem mais mão de obra feminina do que masculina, 160 mulheres e 50 homens.

Fonte: Folha de São Paulo


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Marcenarias podem acabar sendo 'extintas' do mercado no estado

Foto: Ilustração

As marcenarias caminham para o falecimento em Mato Grosso e a ‘extinção’ deve-se ao crescimento do mercado de móveis planejados, que exporta os produtos e a matéria-prima, o MDF (placa de fibra de madeira de média densidade), feitos pelas grandes indústrias moveleiras de estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. Outro fator que tem contribuído para o fim do segmento é a falta de mão de obra qualificada para atender ao mercado. 
O empresário e vice-presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário do Estado de Mato Grosso (Sindimóvel), Nivaldo de Almeida Carvalho Júnior, destaca que o setor moveleiro sofreu uma revolução a partir da entrada do MDF no mercado mato-grossense. 
O produto não existe no estado e atualmente apenas uma fábrica de móveis planejado foi montada em Cuiabá, porém é obrigada a competir com as grandes indústrias nacionais. Nivaldo é dono da Dunitz e ainda insiste em manter uma marcenaria em Várzea Grande, mas confessa que acabou se rendendo ao segmento de móveis planejados e compra os produtos de outros estados. 
“Rendi-me aos móveis planejados e todos vêm de fora. Tenho a marcenaria, mas para a produção de outros tipos de móveis. Lá fabrica de tudo, mas focamos os trabalhos naqueles móveis que a indústria do planejado não faz, como mesas de centro e de escritórios”, contou em entrevista ao Olhar Direto. 
Segundo Almeida, esses móveis feitos pela sua marcenaria são possíveis, pois ainda conseguem manter um preço competitivo no mercado, pois são diferentes. Ele destaca que o MDF, os móveis de cerejeira e madeira maciça acabaram sendo deixados de lado pela sociedade, que entrou nos planejados qualidade, beleza e preço. Além disso, os móveis sob medida atendem à necessidade do cliente e são projetos para o ambiente, dando mais satisfação. 
Outro ponto colocado em discussão pelo sindicalista é a falta de mão de obra. Muitos marceneiros optaram por trabalhar como autônomos nas montagens dos móveis e acabaram também tornando um concorrente, em potencial, das lojas. Enquanto isso, os jovens não se interessam pelo serviço e preferem trabalhar em escritórios ou como office boys, mesmo encontrando um salário melhor no ramo moveleiro. 
Pela regra da oferta e demanda, o profissional marceneiro passou a ser mais valorizado, uma vez que faltam bons profissionais no mercado. “Os mais antigos resolveram ser autônomos e tornaram concorrente das lojas e os jovens não se interessam mais por este tipo de serviço”, conta, ao lembrar que os cursos oferecidos pelo Senai-MT na área de marcenaria acabam ficando vazios, devido ao desinteresse.