quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Criação de Pólo Moveleiro é meta em 2011 para setor na Paraíba

Atuando juntos, 26 pequenas indústrias moveleiras cresceram 16% em um ano e necessitam de maior espaço para expansão dos negócios. Por Érica Chianca
Segundo a Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefactos de Madeira da Paraíba (Amap), o setor de fabricação de móveis e componentes de madeira encontra-se em franca expansão no Estado. Todo o desenvolvimento do setor vem acontecendo mais aceleradamente há cinco anos quando algumas indústrias de grande porte, como AIAM e Vamol , implantaram fábricas em terras paraibanas. Margeando a potência indiscutível dos gigantes, as micro e pequenas empresas e indústrias locais iniciaram em 2008 um esforço para manterem-se vivas no mercado competitivo.
Com auxilio do Sebrae, através do projeto Móveis, Esquadrias e Artefactos de Madeira da Grande João Pessoa, 26 empresários da Capital, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo, uniram-se para desenvolver ações de crescimento sustentável para aumento do faturamento, da conquista de clientes e da competitividade. De acordo com Elianete Paiva, gestora do projeto, três anos após o engajamento do grupo, dados relativos a comparação de 2008 com 2009 apontam que as empresas agregadas tiveram uma média de crescimento de 16% no faturamento e de 11% do aumento no número de pedidos.
Com todo o crescimento, as empresas, que no caso também todas são pequenas indústrias, agora batalham por ações de fomento de incentivos fiscais e para a criação de quatro Pólos Moveleiros. “Queremos que os incentivos que são dados as empresas que vem de fora possam fazer parte também da nossa realidade. É um crescimento sustentável para as empresas e para o Estado”, defendeu Reginaldo Galvão, presidente da Amap.
A idéia do grupo é que as indústrias, que precisam de mais espaço para crescer, sejam sediadas em áreas reservadas dos Distritos Industriais dos municípios aos quais elas pertencem. Dentro dessa perspectiva na capital o Pólo ficaria no bairro de Mangabeira, e os outros nas cidades de Santa Rita, Cabedelo e Bayeux.
“Com essa estratégia de criação de vários núcleos moveleiros as empresas continuam com a sua logística, mantendo seus funcionários que geralmente são das comunidades vizinhas. Essa é nossa grande meta para 2011 e com isso estaremos aumentando em 100% o número de empregos gerados pelos negócios”, explicou Jamaci Damasceno, consultor do grupo.
Madeira ecológica- Uma das grandes sacadas das 26 empresas foi basear toda a campanha da marca única, o selo SIM-Selo da Indústria Moveleira, em filosofias de apoio ao meio ambiente. Agarrando o filão da luta pela defesa do meio ambiente, os móveis que levam a marca SIM utilizam madeiras oriundas de reflorestamento e por isso agregam um valor a mais para o mercado, dentro do conceito do desenvolvimento sustentável, além da beleza proporcionada pelo design.
O grupo pretende também, quando instalados nos galpões dos Distritos, reservarem um local especial para o recolhimento adequado e reaproveitamento de resíduos. Toda a estrutura já está projetada em um modelo de planta baixa que de acordo com as dimensões do terreno liberado para a construção será adaptada.
Mercado e tendências- De acordo com um estudo realizado pela ABDI, publicado no ‘Estudo Prospectivo: Madeira e Móveis’ da série Cadernos da Indústria, o setor de móveis e madeiras ainda tem muito que crescer no Brasil, tanto internamente quanto na opção pela exportação. Uma das motivações é o crescimento da economia do país e do poder de compra das pessoas associado à valorização do bem estar.
A pesquisa, que também acompanhou o desempenho dos empresários do SIM, mostra que nos próximos 15 anos a China liderará a fabricação de mobiliário. O prospectivo ainda exibe que para competir as empresas devem seguir as tendências primando por um design elaborado, com móveis multifuncionais, utilizando madeira reconstituída, material reciclado e alternativos, mas oferecendo um produto de baixo custo.
No país, existem 16 mil empresas moveleiras que empregam mais de 200 mil pessoas. Destes negócios 60% negócios referem-se a móveis residenciais, 25% a móveis de escritório e 15% a móveis institucionais.

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