quinta-feira, 24 de março de 2011

FIMMA Brasil deve bater todos os recordes neste ano

Embalada por um momento econômico favorável ao setor, a 10ª edição da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (Fimma Brasil), que começou ontem segunda-feira em Bento Gonçalves, promete bater todos os recordes da história do evento.


Os expositores esperam fechar US$ 309 milhões em negócios - 10% a mais do que na edição anterior, em 2009 -, e o público aguardado chega a 40 mil pessoas, ante 36 mil há dois anos.

Entre os fatores responsáveis por este desempenho favorável estão o crescimento da indústria da construção civil, que avançou 11% no ano passado, o programa Minha Casa, Minha Vida, que facilita a aquisição de imóveis para baixa renda, e até mesmo a perspectiva da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil, que animam os moveleiros. Para cada nova unidade habitacional entregue são necessários novos móveis para equipá-la.

Da mesma forma, os novos hotéis e estabelecimentos comerciais fomentados pelos eventos esportivos necessitarão mais mobiliário. A ideia, portanto, é de demanda certa nos próximos anos. “Se olharmos os números da construção civil, veremos que está batendo recordes e recordes. Há muitos empreendimentos que o mercado ainda está por entregar e muitos atrasados também. Vemos que pelo menos para os próximos quatro anos temos ótimas perspectivas”, afirma Juarez Piva, presidente da Fimma Brasil.

Ou seja, o momento é ideal para investir. Até mesmo a questão cambial, com a desvalorização do dólar - muitas vezes uma pedra no sapato dos moveleiros exportadores -, favorece a Fimma deste ano. As vendas de móveis têm se concentrado no mercado interno - as exportações brasileiras de móveis caíram de US$ 1,019 bilhão em 2005 para uma estimativa de US$ 805 milhões no ano passado -, mas boa parte do maquinário é feito no Exterior ou contém tecnologia importada. Com o real valorizado, os preços dessas máquinas ficam facilitados. “Podemos dizer que estamos em um momento maravilhoso para investir”, resume Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), promotora da Fimma Brasil.

Além disso, a saúde financeira das indústrias está boa, avalia Piva. “Tem se notado, nos últimos anos, que as empresas estão com uma gestão mais profissional, estão mais saudáveis em todos os sentidos. Estão estudando mais os equipamentos, planejando investimentos”, afirma o presidente da Fimma. A necessidade de atualização tecnológica das empresas, para garantir sobrevivência em um mercado competitivo, é constante, acrescenta.

Para conhecer e adquirir os equipamentos mais modernos, passar por Bento Gonçalves nesta semana é quase obrigatório. Estarão distribuídos nos 60 mil metros quadrados de pavilhões no Parque de Eventos 650 expositores de diferentes segmentos que abastecem a indústria moveleira. Do total 33,72% serão máquinas e similares; 23,91% de matérias-primas; 21,18% de acessórios e ferragens; 7,39% de componentes; 6,52% de ferramentas; 2,65% de softwares, hardwares e eletrônicos; e 4,63% de diversos. Depois de encerrada uma feira, a direção já trabalhava para qualificar ainda mais a edição seguinte. “Nossa preocupação sempre foi agregar o que faltava na última feira para a próxima. Por isso, não há praticamente um item, um segmento da cadeia que não esteja presente na Fimma”, afirma Cansan.

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